terça-feira, 28 de janeiro de 2020

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...Sumire et Miu:

"C'est à ce moment-la que j'ai compris. Compris que npous étions de merveilleuses compagnes de voyage l'une pour l'autre, mais en fait à la façon des blocs de métal solitaires, qui suivent chacun leur trajectoire. Vu de loin, ça parait aussi beau qu'une étoile filante; seulement, dans la réalité, nous ne sommes que prisonniers, enfermés dans nos obstacles de métal respectifs, incapables d'aller ou que ce soit. De temps en temps les orbites de nos satelites se croisent, et nous parvenons enfin à nous rencontrer. Nos coeurs réussissent peut être même à se toucher. Mais juste un très bref instant. Sitôt après, nous connaissons de nouveaiu une solitude absolue. Jusqu'à ce que nous nous consumions et soyons réduits à néant".


"C'est ainsi que nous poursuivrons nos existences., chacun de notre coté. Si profondement fatale que soit la perte, si essentiel que soit ce que la vie nous arrache des mains, nous sommes capables de  continuer à vivre, en silence - même lorsqu'il ne reste plus de notre être qu'une enveloppe de peau, tant nous avons changé intérieurment. Étendant la main pour tirer vers nous la quantité de temps qui nous est allouée, nous sommes capables de la laisser ensuite filler arrière sans rien faire. Répetant simplement les mêmes tâches, les mêmes gestes quotidiens - parfois avec une grande habileté. À cette idée, je sentis en moi un vide incommensurable."


domingo, 25 de fevereiro de 2018

Também se canta em prosa

Yo te daré lo que tengo: este amor que nome explico.
Pasan los años y sigo a espaldas del tiempo. Quiero que me hables del tiempo.
Que te desnude como si fuera algo corriente . Como si verte desnuda no me
aturdiea tan sistematicamente.Tu piel me sea desconocida. Me deje siempre intranquilo prefiero lamer después mis heridas a que tu amor pierda filo.


*

The darkness in people doesn't frighten me. When you shut your eyes, afraid to see yourself as you truly are... That is when you see only darkness.
Lord Fanny - Grant Morrisson 

Weil ich ein offenes Weltanschauung habe.

*


Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo 
Carlos


 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Pagãos inocentes da decadência.

http://arquivopessoa.net/textos/3427

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
                (Enlacemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
                Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
                E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
                E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e caricias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
                Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
                Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
                Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
                Pagã triste e com flores no
regaço.
12-6-1914
Odes de Ricardo Reis . Fernando Pessoa. (Notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (imp.1994).
 - 23.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Orne aprovou

Em meio a saunas secas 
Banhos frios de um 
Percorrer 
Constante 

Ainda consigo me colocar a dúvida sobre dever. 
Dever amar ou não?
Dever sorrir?
Te estender a mão em pura esperança de retorno,
Ou não?

Pois a escolha racional aconselha que não cedamos muito pra que os ganhos sejam maiores. Assim nos tornamos uma legião hesitante.
Hesitante de aquecer e carente de calor. Ao relento de uma noção construída de independência atomizada.

E quem diz. Quem faz a crítica. Que credenciais teria esse quixote dos tempos de agora, mais um da esquerda festiva longe dos assuntos do mundo.

De tudo. Pra mim fica um sorriso dopado de inebriação do amor líquido, que no final a gente acaba querendo beber até a última gota.

Fica você me ensinando que não precisa ter medo de repetir o elementar, pois a lição do amor acaba sendo simples. Amanhã posso pensar diferente, mas hoje com você não me arrependo de me dar, de pensar que serei pra sempre seu nesse segundo perto do universo. Pequeno mas muito particular. A vitória da especificidade.

y no


once again in peace with the words

It takes a special moment to see the light in the other.

Sinchronity, susceptibility, simultaneity

Amidst the randomness of the universe I found you

Rolling down in a red dress with big brown eyes, improbable

Not for me not definitely not

There anyways

Let me try again

I could try

I could be

It’s against the manual man

You don’t try to be. you be

Or you don’t, isn’t that the question?

Questions suppose certainty and in the appreciation of certainty found in thyself I kind of found a relief for a while